Sobre Tempestades: Como a Permeabilidade e a Construção Consciente Protegem a Cidade
A depressão Cláudia, que atravessa agora o nosso país, evidencia como o desempenho urbano é crucial para resistir a eventos intensos de chuva. A intensidade meteorológica em si não é totalmente imprevista — o que se torna crítico é como o solo, os lotes e os edifícios respondem a esse fenómeno.
Importa saber:
A Área permeável é a parte do terreno que permite a infiltração da água no solo. Engloba jardins, relvados, canteiros e qualquer superfície com solo exposto, vegetação ou pavimento especial permeável ou semipermeável.
A Área impermeável, por outro lado, corresponde às superfícies que não deixam a água penetrar, como edificações, calçadas, garagens e pisos de betão ou pavimentação rígida. Nestes locais, a água escoa para os sistemas de drenagem pluvial.
Permeabilidade do Solo: Um Pilar de Resiliência Técnica
O Plano Diretor Municipal de Almada define uma percentagem mínima de área permeável exatamente para minimizar o escoamento superficial em episódios de precipitação intensa. Manter ou projetar zonas permeáveis — como jardins funcionais ou pavimentos drenantes — ajuda a absorver parte da água no próprio lote, aliviando a rede pública de drenagem.
Construção e Execução: Da Teoria ao Desempenho Real
Uma resposta eficaz à tempestade exige que o projeto técnico (estruturas, escoamentos, impermeabilizações) seja refletido com rigor na obra.
Pendentes corretas, selagens estanques, caixas de escoamento bem dimensionadas e ramais de ligação sanitária/pluvial bem concebidos garantem que a água gerida no lote não se transforme em risco para edifícios ou espaços urbanos.
Exemplos de materiais semipermeáveis ou permeáveis:
Na LogikEvidence acreditamos que a arquitetura também é responsável para a defesa contra eventos climáticos intensos. Mais do que uma questão estética, o planeamento consciente das áreas permeáveis e impermeáveis protege o futuro e a qualidade do espaço urbano, garantindo segurança e sustentabilidade.